Os Pataxós

 

                                                   Os indígenas Pataxós

Nome:

‘’Pataxó é água da chuva batendo na terra, nas pedras, e indo embora para o rio e o mar.”

Emmerich e & Monserrat, buscando delimitar as áreas ocupadas pelos denominados Gren, Aimorés ou Botocudos, afirmam, apoiadas em Simão de Vasconcellos, que Salvador Correa de Sá, ao realizar uma entrada, em 1577, os encontrou nas imediações do Rio Doce, “juntamente com outras nações tapuias, como Patachós, Apuraris e Puris”.

Esse registro é especialmente relevante na medida em que constitui a primeira referência precisa à presença dos índios Pataxó no âmbito geográfico de sua distribuição tradicional, entre a margem norte do S. Mateus e o Rio de Porto Seguro. Esses seriam os Pataxó meridionais, tal como convencionado pela literatura antropológica, ao passo que o âmbito de dispersão dos Pataxó setentrionais, atualmente denominados Pataxó Hãhãhãi, se circunscreveria à área abrangida pelos rios Pardo e Rio de Contas.

O príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied assinalou a existência de similaridades culturais entre os Pataxó e os Maxacali, tais como o uso de sacos pendurados; o prepúcio amarrado com um cipó; o pequeno orifício no lábio inferior, onde, por vezes, usavam um pedacinho de bambu; o cabelo tosado à moda pataxó.

Histórico do contato

De acordo com registros históricos, a presença dos Pataxó na região entre rio de Porto seguro Seguro e a margem norte do rio São Mateus, no atual estado do Espírito Santo, remonta ao século 16, que nessa época os Pataxó já eram alvos de hostilidades e privações por parte dos colonos, do mesmo modo que eram constantes os conflitos com outros povos indígenas, muitos dos quais suscitados pelos portugueses, que estabeleciam alianças com alguns deles, em troca de ferramentas, para indispô-los contra os Pataxó e Botocudo, considerados os mais recalcitrantes. Em 1757, o Diretório Pombalino impôs aos índios uma severa disciplina. A comarca de Porto Seguro esteve, entre 1767 e 1777, sob a direção do desembargador e ouvidor geral José Xavier Machado Monteiro, que não disfarçava o seu desapreço pelos índios aí estabelecidos ou que por aí passavam, considerados “dos mais torpes e ociosos do Brasil”. Combateu o uso da língua indígena e a ocasidade dos chefes de família, que lhes retirava os filhos homens, para entrega- Los em ofícios, e distribuía as meninas "pelas casas de mulheres brancas e honestas". Com o objetivo de coviliza-los mediante a aquisição de novos costumes e uma nome língua, transmitida nas escolas públicas a partir dos cinco anos.

Em meados do século 18, houve uma notícia da existência de 12 aldeias de “índios bravos”, localizadas no entorno do Monte Pascoal. O cronista Luis dos Santos Vilhena recomendou, à época, a conservação e o aumento da vila do Prado, tendo em vista a sua relativa proximidade das referidas aldeias e a necessidade de favorecer a produção de seu “fertilíssimo terreno” e servir, simultaneamente, de barreira e obstáculo aos seus habitantes, os “bárbaros Pataxó que infestam toda a grande comarca de Porto Seguro”.

A informação de Vilhena foi corroborada e complementada pelo padre jesuíta Cypriano Lobato Mendes, que atuou em uma das Missões de Índios, não identificada, da comarca de Porto Seguro, e enviou, em julho de 1788, uma representação a D. Pedro II na qual reclama maior atenção para a comarca, que considerava ser a terra mais fértil e mais rica das que conhecia no Brasil, onde se encontravam, em abundância, as madeiras mais preciosas do país.

Mendes refere-se, ainda, a uma celebrada Lagoa Dourada, “nas vizinhanças do monte Paschoal, cujas fraldas que dizem está situado nas suas aldeias o gentio Pataxó, que saem muitas vezes à praia à pescaria de tartarugas. Esta lagoa continua sendo um ponto de referência importante para os Pataxó.

Essa área sediaria, um século e meio depois, o Parque Nacional do Monte Pascoal, recuperado em 1999 pelos Pataxó. Era no seu entorno que se distribuem, tal como atualmente, mais de dez aldeias, cuja população se alternava, anualmente, entre os ecossistemas de praia e mata para suprir a sua dieta alimentar baseada na farinha de mandioca, peixes e/ou crustáceos e moluscos.

Em 1808, o Príncipe Regente D. João, determinou ao desembargador Luiz Thomaz de Navarro que realizasse viagem por terra da Bahia ao Rio de Janeiro, para reconhecimento da região. Ao descrever a ponta do Corumbau, próxima do Monte Pascoal, o desembargador observou que, na parte sul, ainda se conservavam canaviais de formidável grandeza, deixadas pelos índios que neste lugar estiveram aldeados e que foram removidos pelo Ministro José Xavier Machado para a vila do Prado. À época da passagem de Navarro essa vila encontrava-se em grande decadência, demográfica e econômica, o que tornava sem efeito a justificativa utilizada para a sua transferência.

A partir de 1810 cresceram as expectativas em relação à fixação dos Pataxó em aldeias. O novo Ouvidor, José Marcellino da Cunha, julgava estar conseguindo levando à paz quase todas as pessoas, principalmente o Patacho, em decorrência da construção de vários destacamentos. Distintos grupos deslocavam-se e surpreendiam os visitantes, ora surgiam grupos em Trancoso, ora na povoação de Crememuã (hoje denominada Caraíva), outras vezes na aldeia de Comuruxatiba, destinada pelo Ouvidor como residência para o inglês Charles Frazer.

Na década de 1820 chegou ao Brasil o príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied que, por produzir registros sobre os Pataxó da região costeira, se tornou uma das melhores fontes sobre o tema. Ele notou a presença predominante dos Pataxó e esporádica dos Botocudo nas florestas próximas a Mucuri, também frequentadas por “outras ramificações dos tapuias” e os Maconis, Malalis, entre outros, já estabelecidos em povoados, nos limites de Minas Gerais.

No ano 1857, há informações da transferência dos índios da vila do Prado para uma vila vizinha, Alcobaça, que levou a reações contrárias do subdelegado do Prado, que alegou não o não recebimento de instruções por parte do Diretor Geral de Índios. Depois de se passar 4 anos, em 1861, o assunto foi retomado por meio de uma referência explícita à criação, ou reestabelecimento, de uma aldeia no rio Corumbau, pelo vigário capitular Rodrigo Ignácio de Souza Meneses. Em correspondência enviada à Presidência da Província, que afirmou ser de extrema necessidade a criação de uma aldeia no rio Corumbau, onde, “nos bravios contíguos existiam centenas de famílias que ora estavam nas brenhas e ora na Vila do Prado, sem caráter algum hostil mas persistentes em seus costumes selváticos, e à sua fertilidade e proporções para estabelecimento de grandes fazendas”. Esses indígenas sempre pescavam no rio Corumbau, atraídos pelo peixe que ali abundava e pelos mariscos. Armavam seus ranchos enquanto ali permaneciam para pescar e salgar o peixe, e então transportá-lo para a mata, onde moravam na outra parte do ano. As terras do Corumbau eram, então, quase todas devolutas. A recomendação do vigário capitular foi prontamente aceita. Ao falar à Assembleia Provincial, no dia 1º de março do ani 1861, Antonio da Costa Pinto, Presidente da Província, tratou da criação de uma aldeia indígena no rio Corumbau.

Aspectos sociais:

Os Pataxós tem o costume de gerar grandes famílias, o que chega a dez ou mais filhos. É de costume que cada família trabalhe para seu próprio sustento, sem deixar de manter o contato com pais e parentes. Os indígenas fazem política: o cacique, principal líder, aliado aos conselheiros e outros cargos de liderança, responsabilizam-se por cuidar de questões comuns a todos, sanando necessidades da comunidade. Não existe ‘mandatos’ entres eles, pois o cargo de cacique depende inteiramente da satisfação da comunidade com o eleito. Em último caso, os índios se reúnem para eleger um cacique novo caso estejam insatisfeitos. É possível aprender e adquirir experiência com a cultura Pataxó, desde o respeito à tradição até a organização governamental totalmente voluntária, comum e livre. É nobre a luta dos indígenas Pataxós por direitos, por reconhecimento e pela sobrevivência de sua cultura.

 

Religião Pataxó:

Cada tribo indígena possuem diferentes crenças religiosas e rituais diferentes umas das outras. Elas tem em comum que todas as tribos acreditam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Algumas dessas tribos indígenas chegam a enterrar os corpos dos que faleceram em grandes vasos de cerâmica, onde, além do cadáver, ficam os objetos pessoais dos mortos. Os povos indígenas já foram considerados no decorrer da história como povos sem crenças que não possuíam Deus ou deuses, ou até ídolos, não possuíam religião alguma.

Os indígenas possuíam uma noção da existência de uma força, de um Deus superior a todos. A nação dos indígenas pataxós creem em Xamanismo (que prega uma percepção religiosa que confere ao xamã, a capacidade de entrar em transe e se conectar com o mundo espiritual. Esse conjunto de práticas se transformou em uma filosofia de vida, através da qual as pessoas buscam equilíbrio, conhecimento, tranquilidade, bem-estar físico e espiritual) e Cristianismo (é uma religião abraâmica (ou seja, que deriva de Abraão, personagem bíblico citado no livro do Gênesis e que teria fundado a nação hebriaca) com a crença predominante de que Deus enviou seu filho, Jesus Cristo, para salvar a humanidade).

 

Cultura Pataxó:

- Pintura:

A pintura corporal é um bem cultural de grande valor. Representa parte da história do povo, sentimentos do cotidiano e os bens sagrados. A pintura corporal é usada em festas tradicionais na aldeia como em ritos de casamento, nascimento, comemorações, dança, luta, sedução, luto, proteção. Há pintura para rosto, braço, costas e pernas. As pinturas são específicas para homens e mulheres casados e solteiros. As pinturas têm diversidade de tamanho e significados.

 

pintura dos povos pataxós.

- Artesanato:

 O artesanato é feito a partir de tudo aquilo que a natureza oferece, como madeiras, sementes, palhas, cipós, argila, penas, bambu etc. Alguns artesanatos são feitos de barro, como o pote, a talha e a panela. Outros são feitos de cipó, como o caçuar e o cesto. E ainda há aqueles feitos com uruba, como a peneira e o leque. Alguns artesanatos estão relacionados à proteção espiritual como, por exemplo, o colar de Tento.

- Plantas medicinais:

 O conhecimento de várias plantas, raízes, cipós, folhas, sementes, casca de madeiras, resinas etc. permite que os pataxós desenvolvam a medicina baseada em plantas. A resina da amesca, por exemplo, serve para purificar o ambiente, fortalecer o espírito e também para afastar as coisas negativas do corpo.

planta amesca.


- Alimentação:

 A base é a pesca, frutos e raízes. A mandioca, é o alimento preferido. É dela que os pataxós fazem a bebida sagrada conhecida como kawi, o makaiaba (o beiju) e kuiuna (farinha). Inhame, batata, amendoim, taioba etc também são cultivadas. Um outro alimento muito apreciado é o peixe preparado na folha da patioba, pois ele é um alimento saudável que rejuvenesce o corpo e purifica o espírito.

prática da pesca entre os indios pataxós.



- Principais rituais e festas Pataxó:

O povo Pataxó possui diversas tradições. Tem o costume de serem guerreiros, lutam para firmar em um lugar e fazer a preservação da língua, história e cultura.

Alguns de seus rituais:

TOHÉ: reúnem todos os índios para dançarem o tohé, que é uma forma de oração coletiva, podendo ser celebrado em momentos tristes e alegres. Unindo idosos e crianças, homens e mulheres. Através do canto e da dança, o povo adquire energias da terra, do ar, da água, do fogo e de todas as energias positivas que formam a natureza.

AWÊ: significa o amor, a união e a espiritualidade com a natureza. É o mais antigo ritual, sempre existiu, ninguém sabe informar quando começou. Englobam coreografias variadas, cada pessoa dança com um sentido determinado. Os índios da Coroa Vermelha estão resgatando a cultura dos antepassados, mas esse resgate não pode ser mostrado aos não indígenas, “porque tem que ter um segredo do ritual, o segredo é a segurança, um segredo é a resistência de nós como área indígena”. Afirma o líder Nelson Saracura.

índios pataxós fazendo o ritual do awê, realizado no Shopping Indígena da Aldeia de Coroa Vermelha. Foto: Sarah Siqueira de Miranda, 2006.

RITUAL DA CHUVA: ritual bastante conhecido. Antigamente, os índios mais velhos faziam esse ritual quando estavam precisando de chuva. Eles faziam amontoados de galhos e folhas e, colocavam fogo. Assim, com a fumaça virando nuvem caía à chuva. Se fizessem de manhã, a chuva cairia de tarde. Por fim, eles faziam o canto de agradecimento. Nos dias 5 e 12 de outubro, eles realizam o ritual da água, que é uma forma de agradecer pela chuva, que é a protetora das colheitas. Ao final do ritual, acontece um banho de lama e água, para purificação do corpo e da mente.

ritual da chuva, pelos pataxós.


Sobre suas festas:

 

NAMORO E CASAMENTO: O namoro é bem discreto, quando um se interessava no outro, eles ficavam se jogando pedrinhas, isso é um sinal que eles já estavam namorando. Quando o índio resolve pedir sua namorada em casamento, ele entrega uma flor, se ela aceitar é porque a resposta foi “sim”.

Depois disso, os noivos comunicam com suas famílias e o cacique e, começam os preparativos para o casamento, o noivo prepara sua casa e seu roçado. O casamento é realizado pelo cacique, reunindo toda a aldeia. Nesse dia, o noivo carrega uma pedra, representando o peso da noiva, em uma distancia que é determinado pelo cacique e pelos pais dela. Carregar a pedra simboliza a força e a resistência para manter sua família, se ele não conseguir carregar, não haverá casamento.

Chegando ao local da cerimônia, ele coloca a pedra no chão e, realiza a troca de corares, que simboliza a união entre os noivos pataxós. Depois da cerimônia, todos vão comemorar na casa dos noivos, festejarem e beberem caium.

                      índios trocando os seus corares em seus casamentos, como simbolo de união.

ARSGWAKSÁ: É uma festa comemorativa do aniversario do Projeto Jaqueira, que foi o primeiro projeto implantando em uma aldeia indígena, os índios desta reserva estão envolvidos em um projeto de responsabilidade social. Essa festa inclui apresentações e provas físicas.

 FOLIA DE REIS: Na tribo Pataxó, é muito comum relato de folia e esmola do Divino Espírito Santo. Um grupo de foliões chega carregando uma bandeira e se dirige à capela, depois de recolher as esmolas. No lugarejo principal da aldeia, são montadas barracas iluminadas. A sinuca é a principal atração. Crianças e jovens desfilam com suas melhores roupas.

Processo de resistência, permanência e lutas desses povos:

Os pataxós eram considerados nômades, ou seja, eles ficavam um período em um lugar e logo já procuravam por outro espaço. Mas, com a chegada do homem branco, os Pataxós foram expulsos de onde estavam.

 A terra indígena foi invadida e, é por isso, que os Pataxós, a partir de 1800, tiveram que habitar as regiões à beira mar. Os Índios precisaram resistir à invasão de suas terras, tiveram que mudar de hábitos. Tudo isso, por conta da chegada hostil do homem branco.

Os Pataxós lutam para que as próximas gerações permaneçam levando o legado. Infelizmente, vimos também a tristeza da diáspora, a saída dos índios de sua terra ancestral, que ocorreu, no século XX, por conta da ação do próprio Estado. Ou seja, quem deveria defender o legado ancestral indígena, foi justamente quem fez o contrário.

Língua e situação sociolinguística:

A língua indígena não é mais falada, a comunicação é feita através do português mesclado com vocábulos da língua indígena. O Grupo de Pesquisadores Pataxó, que desde 1998 se dedica ao estudo da língua, refere ao “processo de retomada da língua pataxó”, do qual tem participado todas as gerações, entendendo-o como o processo dinâmico e coletivo, experimentado por essa língua no decorrer da história e da vida do seu povo. Anteriormente a essa data o vocabulário ainda dominado pelos mais velhos passou a ser compartilhado e ensinado na Escola Indígena Pataxó de Barra Velha pelos primeiros professores de cultura, Arawê e Itajá.

Os jovens professores pataxós reconhecem o pioneirismo de Kanatyo, que sempre demonstrou grande interesse pelos conhecimentos dos mais velhos. A primeira escola fundada em Barra Velha, em 1978, pela Funai, contribuiu, fortemente, para estimular o seu interesse. O ensino de Patxohã não se restringe ao léxico da língua, mas compreende um amplo conjunto de informações, tais como danças e canções indígenas, os processos históricos vivenciados pelos povos indígenas, particularmente aqueles estabelecidos no extremo-sul da Bahia, e a identidade indígena no presente.

Escola indigena de Pataxós, em Coroa vermelha.


LOCALIZAÇÃO:

Os Pataxó vivem em 36 aldeias distribuídas em seis terras indígenas, são elas: Águas Belas, Aldeia Velha, Barra Velha, Imbiriba, Coroa vermelha e Mata medonha. Todas elas no extremo sul do Estado da Bahia, situadas nos municípios de Santa Cruz, Porto Seguro, Itamaraju e Prado.

Em Minas Gerais, os Pataxó vivem em sete comunidades, na qual quatro delas se localizam na terra Indígena fazenda Guarani, no município de Carmésia. Muã Mimatxí, em um imóvel cedido à Funai pelo Serviço de Patrimônio da União, no município de Itapecerica; Jundiba/Cinta Vermelha, no município de Araçuaí e também habitada pelos Pankararu; e Jeru Tukumâ, em Açucena. As comunidades se formaram, indiretamente em Minas Gerais, a partir dos episódios do "Fogo de 51" e da criação do Parque Nacional do Monte pascoal (PNMP).

O grupo pataxó da Fedenda Guarani, em Julho de 2010, ocuparam áreas de duas Unidades de conservação o Parque Estadual do Rio Corrente, no município de Açucena, e o Parque Estadual Serra da Candonga, no município de Dores de Guanhães. O pleito pela criação de novas terras indígenas visa amenizar as situações de insuficiência territorial e escassez de recursos naturais às quais as populações indígenas estão submetidas, segundo Líderes indígenas.

Na Bahia, o número de aldeias foi obtido junto com as comunidades locais e a alguns de seus líderes ao longo de sucessivos trabalhos de campo realizados por diferentes pesquisadores. Os dados podem variar entre os próprios informantes nativos, uma vez que a caracterização de uma determinada área como aldeia, e não como “retomada” é variável.

População:

Os dados do SIASI registram, para 2010, 11.436 habitantes (sendo 5.839 homens e 5.597 mulheres) distribuídos pelas aldeias Barra Velha, Aldeia Velha, Boca da Mata, Meio da Mata, Imbiriba, localizadas em Porto Seguro; Pé do Monte, Trevo do Parque, Guaxuma, Corumbauzinho e Aldeia Nova, estabelecidas em Itamaraju; Coroa Vermelha e Mata Medonha, em Santa Cruz de Cabrália; e, por fim, Águas Belas, Craveiro, Tauá, Tibá, Córrego do Ouro, Cahy e Alegria Nova no Prado, totalizando 19 aldeias.

Se compararmos os dados totais da população rural destes quatro municípios que, segundo o Censo de 2010, perfaz aproximadamente 50.000 habitantes, chegamos à proporção de cerca de 1 Pataxó para cada 5 habitantes da zona Rural destes municípios, aproximadamente a mesma proporção de Índios/população rural do estado do Amazonas, que possui a maior população indígena rural dentre as unidades da Federação pesquisadas pelo Censo 2010.


Música Pataxó:

Pataxó – Mambembrincantes

 Vida que dá vida

brota sobre

esta areia

Luz deste olhar

parece um sol

que alumeia

Menino bichinho

Passarinho

Peixe solto

No Corguinho

Andorinho arribadô

Fontes:

< http://www.indiosonline.net/a_cultura_do_povo_pataxo_hahahae_1 >

<http://www.mukamukaupataxo.art.br/Rituais-cantos-e-dancas >

 < http://jeffersonworldtrip.blogspot.com.br/2010/11/feira-internacional-de-artesanato-e.html >

< http://radar64.com/noticia/tribo-pataxo-e-convidada-para-jogos-mundiais-indigenas_26266.html >

< http://gisele-finatti-baraglio.blogspot.com.br/2013/10/pataxo-rito-e-mito.html>

<https://povosdaantigaamerica.blogspot.com/2013/04/etnia-pataxo.html>

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Patax%C3%B3s>                                              

< https://terravistabrasil.com.br/indios-pataxos/ >

Alunas: Vitória Mainara, Clara Costa, Ana Caroline, Nicoly Cota, Sofia Antunes, Maria Leticia