Os indígenas Tuxa.
Os tuxás são um grupo indígena que vive próximo ao submédio rio São Francisco, mais precisamente nos limites dos municípios brasileiros de Ibotirama (Área Indígena Ibotirama) e do município de Rodelas (Áreas Indígenas Rodelas e Nova Rodelas), ambos no estado da Bahia, e à margem direita do rio Moxotó, junto aos limites do município pernambucano de Inajá, desta vez na Terra Indígena Fazenda Funil.
Na região do submédio São Francisco, entre Sobradinho e Cachoeira de Paulo Afonso, habitavam vários povos de língua Kariri e Procá. Eram espaços de refúgio para diversas etnias atingidas pelas investidas dos “curraleiros” baianos, os poderosos criadores de gado.
Nestes aldeamentos processou-se a criação de uma nova cultura indígena onde os rituais do toré, da jurema e do particular tornaram-se expressão ao mesmo tempo da conversão dos índios ao cristianismo e de suas identidades étnicas específicas. Estes rituais acompanharam as famílias indígenas em suas migrações entre as ilhas e as antigas missões, permitindo que se construísse uma rede de relações étnicas e rituais entre os povos habitantes dessas antigas missões: Tuxá, Truká, Tumbalalá, Atikum e Pankará. A Aldeia Tuxá de Rodelas é uma das mais fortes referências étnicas e rituais dos povos indígenas do Sertão. Foi atingida na década de 80 pela construção da barragem de Itaparica, os Tuxá tiveram seu território tradicional inundado e sua população dispersa em três núcleos distintos. Até hoje a CHESF não concluiu a devida reparação ao povo Tuxá, que continua sem terra e divididos em periferias dos municípios da região.
É desconhecida a filiação lingüística dos Tuxá, supondo-se que a sua língua original fosse uma língua isolada.Identificando-se como “tribo Tuxá, nação Proká, caboclos arco e flecha e maracá”, os atuais Tuxá parecem constituir uma das últimas das diversas etnias reunidas a partir do século XVII nas várias missões que se estabeleceram ao longo do curso do Baixo-médio São Francisco. A memória Tuxá registra particularmente episódios ligados à ocupação holandesa, destacando a figura de Francisco Rodelas, considerado o seu primeiro cacique, e que teria lutado ao lado de Felípe Camarão.
Os Tuxá vivem na cidade de Rodelas, constituindo-se a sua “baia” num prolongamento da área central da cidade a noroeste, acompanhando o curso do Rio São Francisco. A aldeia compõe-se de um arruamento com cerca de 65 casas, habitadas unicamente por famílias indígenas e de uma área arenosa vizinha, com aproximadamente 1km. Além do terreno na cidade, os Tuxá ocupam a Ilha da Viúva no Rio São Francisco, que constitui o seu exíguo território agrícola. Identificando-se como “tribo Tuxá, nação Prokámon, caboclos arco e flecha e maracá”. Contam com cerca de 1950 habitantes.
ASPECTOS CULTURAIS
Tradicionalmente pescadores e agricultores, os Tuxá dedicam-se atualmente quase que de forma exclusiva a agricultura comercial, com base na produção de cebola, cultivo que nos últimos dez anos tem substituído rapidamente os cultivos de subsistência, reduzindo estes a espaços cada vez mais limitados. Utilizam sistema de irrigação, inicialmente apoiado no emprego de energia humana, e presentemente em eletrobombas que atingem toda a superfície cultivada da Ilha da Viúva. A introdução deste sistema de irrigação e as facilidades de acesso à moeda, graças ao comércio da cebola - efetuado no entreposto da cidade de Belém do São Francisco -, provocaram grandes transformações no modo de vida dos Tuxá, incluindo o abandono de atividades tradicionais como o artesanato, e uma crescente dependência de produtos industrializados, que abrangem hoje geladeiras, televisores, etc.
Na região do submédio São Francisco, entre Sobradinho e Cachoeira de Paulo Afonso, habitavam vários povos de língua Kariri e Procá. Eram espaços de refúgio para diversas etnias atingidas pelas investidas dos “curraleiros” baianos, os poderosos criadores de gado.
Nestes aldeamentos processou-se a criação de uma nova cultura indígena onde os rituais do toré, da jurema e do particular tornaram-se expressão ao mesmo tempo da conversão dos índios ao cristianismo e de suas identidades étnicas específicas. Estes rituais acompanharam as famílias indígenas em suas migrações entre as ilhas e as antigas missões, permitindo que se construísse uma rede de relações étnicas e rituais entre os povos habitantes dessas antigas missões: Tuxá, Truká, Tumbalalá, Atikum e Pankará. A Aldeia Tuxá de Rodelas é uma das mais fortes referências étnicas e rituais dos povos indígenas do Sertão. Foi atingida na década de 80 pela construção da barragem de Itaparica, os Tuxá tiveram seu território tradicional inundado e sua população dispersa em três núcleos distintos. Até hoje a CHESF não concluiu a devida reparação ao povo Tuxá, que continua sem terra e divididos em periferias dos municípios da região.
É desconhecida a filiação lingüística dos Tuxá, supondo-se que a sua língua original fosse uma língua isolada.Identificando-se como “tribo Tuxá, nação Proká, caboclos arco e flecha e maracá”, os atuais Tuxá parecem constituir uma das últimas das diversas etnias reunidas a partir do século XVII nas várias missões que se estabeleceram ao longo do curso do Baixo-médio São Francisco. A memória Tuxá registra particularmente episódios ligados à ocupação holandesa, destacando a figura de Francisco Rodelas, considerado o seu primeiro cacique, e que teria lutado ao lado de Felípe Camarão.
Os Tuxá vivem na cidade de Rodelas, constituindo-se a sua “baia” num prolongamento da área central da cidade a noroeste, acompanhando o curso do Rio São Francisco. A aldeia compõe-se de um arruamento com cerca de 65 casas, habitadas unicamente por famílias indígenas e de uma área arenosa vizinha, com aproximadamente 1km. Além do terreno na cidade, os Tuxá ocupam a Ilha da Viúva no Rio São Francisco, que constitui o seu exíguo território agrícola. Identificando-se como “tribo Tuxá, nação Prokámon, caboclos arco e flecha e maracá”. Contam com cerca de 1950 habitantes.
ASPECTOS CULTURAIS
Tradicionalmente pescadores e agricultores, os Tuxá dedicam-se atualmente quase que de forma exclusiva a agricultura comercial, com base na produção de cebola, cultivo que nos últimos dez anos tem substituído rapidamente os cultivos de subsistência, reduzindo estes a espaços cada vez mais limitados. Utilizam sistema de irrigação, inicialmente apoiado no emprego de energia humana, e presentemente em eletrobombas que atingem toda a superfície cultivada da Ilha da Viúva. A introdução deste sistema de irrigação e as facilidades de acesso à moeda, graças ao comércio da cebola - efetuado no entreposto da cidade de Belém do São Francisco -, provocaram grandes transformações no modo de vida dos Tuxá, incluindo o abandono de atividades tradicionais como o artesanato, e uma crescente dependência de produtos industrializados, que abrangem hoje geladeiras, televisores, etc.
Imagens dos indígenas Tuxa.
Fontes:
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tux%C3%A1
https://osprimeirosbrasileiros.mn.ufrj.br/pt/mundo-contemporaneo/tuxa/
https://pt.m.wikiversity.org/wiki/Wikinativa/Tux%C3%A1
http://www.sabeh.org.br/?mbdb_book=1618